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WORLD COAST JOURNEY: Travessia Atlântico - Republica Dominicana para Açores >> Atlantic crossi


[PT] Depois de 27 dias no mar, sentindo na pele e vendo mais uma vez o quão poderosa é a Mãe Natureza chegamos em uma das Ilhas dos Açores, chamada Flores na cidade de Lajes na travessia do Atlântico desde a República Dominicana. Foram mais de 2.700 milhas, usando motor por 25 horas no total, apenas para recarregar as baterias e para dar estabilidade ao barco durante as tempestades. Dias de sol, dias de chuva, dias nublados, dias frios, dias de calmaria, dias de tempestade. E que dias de tempestade, uma delas ao norte de Bermudas durou 20 horas, ventos de 50-60 nos e rajadas de mais de 70. As ondas ultrapassavam o tamanho do mastro, de 15 a 20 metros, 2 velas destruídas, a vela principal no 3º riso e a Preserve surfava as ondas a 15 nós. Nao dava tempo de passar o frio na barriga de uma onda e ja vinha a outra. Do topo da onda se via um precipício em frente, sprays de água por toda parte, ondas quebrando sobre o barco, 20 horas molhado e no frio, mas quem diz que a adrenalina deixava sentir frio, maos enrrugadas e brancas da agua. Mas passou, foi apenas mais uma demonstracao do quão poderosa é a natureza, e se não cuidarmos dela demonstrará ainda mais a sua força.

 

[EN] After 27 days at sea, feeling in the skin and seeing once again how powerful Mother Nature is, we arrive in one of the Azores Islands, called Flores in the city of Lajes, crossing the Atlantic from the Dominican Republic. There were more than 2,700 miles, using the engine for 25 hours in total, just to recharge the batteries and to give stability to the boat during the storms. Days of sun, days of rain, cloudy days, cold days, days of calm, days of storm. And what a stormy days, one of them north of Bermuda lasted 20 hours, winds of 50-60 miles and gusts of more than 70. The waves surpassed the size of the mast, 15 to 20 meters, 2 sails destroyed, the main sail on the third reef and Preserve surfed the waves at 15 knots. There was no time to for having butterflies in my stomach between a wave and the next one coming. From the top of the wave was a cliff in front, sprays of water everywhere, waves breaking on the boat, 20 hours wet and in the cold, but who says that the adrenaline left feeling cold, wrinkled and white hands from the water. But it has passed, it was just another demonstration of how powerful nature is, and if we do not take care of it will further demonstrate its strength.

[PT] Depois da tempestade vem a calmaria, mostrando toda sua delicadeza. O mar como um espelho, refletindo as poucas nuvens e o azul do céu na agua. Uma experiencia que nunca vou esquecer. Com certeza a travessia mais dura e difícil que ja fiz. Ja tinha velejado mais de 10.000 milhas náuticas fazendo a travessia do Atlântico Europa-Caribe, velejado pelo Caribe e a travessia Caribe-Brasil. Mas esta travessia da Republica Dominicana até as ilhas dos Açores alem de ter sido a mais dura e difícil pelas tempestades e correntes contra me ensinou muito.

[EN] After the storm comes the calm, showing all its delicacy. The sea like a mirror, reflecting the few clouds and the blue of the sky in the water. An experience I will never forget. Certainly the hardest and more difficult crossing I've ever made.I had sailed more than 10,000 nautical miles by crossing the Atlantic Europe-Caribbean, sailed by the Caribbean and the Caribbean-Brazil crossing. But this crossing from the Dominican Republic to the Azores islands, besides being the hardest by the storms and currents against I learnt a lot.

[PT] Aqui vou listar alguns pontos:

1. Nunca farei novamente está travessia sem ter a previsao do tempo em tempo real. Ou pelo menos fazer uma parada em Bermudas para verificar a previsao novamente. Tinha a previsao de 10 dias quando partí utilizando o programa ZyGrib, haviamos pego 2 dias de calmaria com direito a banho de mar no meio do Atlantico e descanso na rede.

 

Mas quando passamos ao norte de Bermudas decidi ir um pouco mais ao norte a 38° Norte de latitude, vi a pressão diminuindo rapido e tentei voltar ao sul mas não deu tempo e pegamos uma tempestade monstruosa que durou mais de 20 horas com ventos de 50-60 nós e rajadas de mais de 70 nós. Sem falar nas ondas de mais de 15 metros que ultrapassavam o tamanho do mastro da Preserve. Foram momentos tensos.

[EN] Here I will list some points:

1. I will never make this cross again without having the weather forecast. Or at least make a stop in Bermuda to check the forecast again. I had a 10 days forecast when I started using the ZyGrib program, we had taken 2 days of calm with the right to swim in the middle of the Atlantic and rest in the hammock.

 

​But when we went north to Bermuda I decided to go a little further north at 38 ° North latitude, I saw the pressure dropping rapidly and I tried to return to the south but there was no time and we caught a monstrous storm that lasted more than 20 hours with winds of 50-60 knots and gusts of more than 70 knots. Not to mention the waves of more than 15 meters that surpassed the size of the Preserve's mast. Those were tense moments.

[PT]

2. Com isso faço aquela velha pergunta entre velejadores, prefere muito vento ou nada de vento? Eu ja era da opinião de nada de vento mas tinha minhas duvidas. Mas depois dessa travessia afirmo com toda minha certeza, prefiro nada de vento e ficar a deriva esperando o vento (como na travessia Caribe-Brasil que na regiao dos Doldrums, próximo ao trópico pode-se ter dias sem vento como passamos. Lembram Luciano e André? :-) ) Acredito que quem diz que prefere muito vento nunca passou por uma tempestade assim, mas gosto é gosto e não se discute. ;-)

[EN]

2. With that I ask that old question among sailors, do you prefer much wind or no wind? I was already of the opinion of no wind but I had my doubts. But after this crossing I say with all my certainty, I prefer no wind and drift in the wind (as in the Caribbean-Brazil crossing, which in the Doldrums region, near the tropics, there may be windless days as we passed. Do you remember that Luciano and André? :-)) I believe that anyone who says they prefer a lot of wind has never been through a storm like this, but who likes it I do not argue. ;-)

[PT]

3. Pelas experiencias que havia passado o pior mar que tinha passado foi próximo a costa da Colombia entre Santa Marta e Cartagena. Com ventos fortes e ondas em duas direções que acredito ser pelo fato da costa montanhosa e o mesmo acontece com o fundo do mar que de 3-4 mil metros de profundidade sobe para 500 metros muito rápido. Quem passar por la aconselho seguir a linha de profundidade. Até entao o mar do Caribe para mim era pior que o Atlantico, mas estava equivocado, o Atlantico é quem rege o Mar do Caribe.

[EN]

3. From the experiences that had happened the worst sea that I had passed was near the coast of Colombia between Santa Marta and Cartagena. With strong winds and waves in two directions that I believe to be the fact of the mountainous coast and the same happens with the seabed that from 3-4 thousand meters of depth rises to 500 meters very fast. Those who pass by my advice is to follow the line of depth. Until then the Caribbean sea for me was worse than the Atlantic, but I was wrong, the Atlantic is the one who rules the Caribbean Sea.

[PT]

4 - Acredita que com a vela de tempestade se pode fazer 130 milhas em 1 día? Depois da tempestade que tive 2 velas destruidas seguí 4 días apenas com a vela de tempestade e não baixei de 100 milhas por dia.

[EN]

4 - Do you believe that with the storm sail I could do 130 miles in 1 day? After the storm I had 2 destroyed sails and I followed 4 days only with the storm sail and I did not lower of 100 miles per day.

[PT]

5 - Sempre quando estava velejando a 2-3 nós os golfinhos vinham 5 minutos e desapareciam. E quando estava a 5-7 nós ficavam mais tempo nadando e brincando com a Preserve. Pensava que nao gostavam de nadar mais lentos. Mas me enganei, a umas 200 milhas de Açores pegamos a tal da zona de alta pressao dos Açores, com pouco ou quase nada de vento. Por alguns dias fazendo 1-2 nós, e tendo os golfinhos juntos por horas e varias vezes no dia. Nadando lentos como a Preserve, quando iam mais rapido davam a volta e voltavam, parecia que diziam, vamos um pouco mais rapido. Mas seguiam ali, alguns saltando e brincando. Grupos grandes de 50-100 deles por todos os lados.

[EN]

5 - Whenever I was sailing to 2-3 knots, the dolphins would come 5 minutes and disappear. And when I was 5-7, they would spend more time swimming and playing with Preserve. I thought they did not like to swim slower. But I was wrong, about 200 miles from the Azores we took such a high-pressure zone of the Azores, with little or almost no wind. For a few days doing 1-2 knots, and taking the dolphins together for hours and several times in the day. Swimming slow as Preserve, when they went faster they turned around and came back, it seemed like they said, let's go a little faster. But they were still there, some jumping and joking. Large groups of 50-100 of them on all sides.

[PT] Agradecimentos aos patrocinadores: Obrigado a SPOT Brasil pelo patrocinio do Spot 3 Gen que providencia um sistema de tracking e rastreio, onde se pode ver a localização em tempo real da Preserve, e em caso de emergencia se pode enviar una mensagem de SOS para um resgate. E a SOLAR INNOVA pelos paineis solares que geram energia limpa para a Preserve na utilização das luzes de navegação, GPS, geladeira e equipamentos eletronicos em geral.

[EN] Thanks to sponsors: Thanks to SPOT Brasil for the sponsorship of Spot 3 Gen that provides a tracking and tracing system, where you can see in the real time location of Preserve, and in case of emergency I can send an SOS message to a rescue . And SOLAR INNOVA for the solar panels that generate clean energy for Preserve in the use of navigation lights, GPS, refrigerator and electronic equipment in general.

 


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